Corpo
Atrevo a minha alma na tua alma
e os gestos revelam
o brilho em que nos perdemos
Estamos sempre sós
e não falamos do passo
que ainda não demos
Não está gasto não é findo
atrás dele temos o universo
a galope
E sentimos
os solavancos
do nosso destino
Adoro
perder-me
com o olhar
E o teu corpo
é todo meu
de um só golpe
Sinto-me nua
na procura
dos teus modos
E gosto de mim
assim em ti
à toa
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3 comentários:
Perturbador! Pareço eu!
José Abrantes
Este é sem duvida o meu favorito.
Espero q nao te importes mas vou colocá-lo no meu blog como homenagem à grande poetisa e amiga que és ;)
Beijokas
De acordo! Adorava ser uma poeta a sério... Tenho muitas dúvidas se chego a tocar a poesia. Preciso escrever muitos poemas, mas acontece que sofro muito ao escrever um poema, mas se não escrever sofro mais lentamente, é pior. O problema é a coragem para o sofrimento total de espírito,intelecto e corpo.É que quando começo tenho de ter a certeza de ter a força de continuar e acabar, pois se demorar no processo, fico melancólica...Se não encarar o processo fui vencida e estou morta.
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