Filosofia,literatura e outros...

Acerca de mim

Jornalismo U.F.Bahia/ Filosofia U.N.Lisboa/ Campeã Brasileira de Vela(Laser)/Nasci no Brasil(Bahia). Morei em Salvador, São Paulo, Cambridge, Ibiza e Lisboa.Autora de"O Caminho do Mar", Ilustração: Calasans Neto, ed.P555, Salvador-Ba,2004. Tenho três gatos:Homero, Bocage e Clarice(Lispector). Signo de Touro, ascendente em Leão, lua em Peixes.Doze e meio por cento de Sangue Índio(BR), a melhor parte de mim.

segunda-feira, dezembro 04, 2006

O amor não é um acontecimento anónimo

Eles falaram-se ao telefone. Há muito não reflectiam sobre a relação. Ela era estudante de comunicação, ele era da Fundação que organizava o curso, de uma semana, sobre a escrita criativa televisiva. Ela estava com as colegas, tinha seus 23 anos, ele seus 32 ou 33. Ela era luminosa e velejava, à serio, em regatas. Ele, parecia-lhe o vulto de um homem bonito no fundo da sala. Ela sentava à frente, raramente olhava para trás. Findo o curso, o destino tramava a sua morada, em minutos. No saguão de saída ele vinha atrás e ela não se apressou a deixar o lugar. Olharam o acontecimento, ainda sem o desfraldar, mas de frente. Em despedidas, a aproximação tornou-se possível e foram, em grupo, comemorar , pois o orientador era um convidado da Rede Globo.
Trocaram contactos e ela telefonou.Saíram, beijaram-se e amaram-se numa relação de paixão, poesia, decobrimentos, birras e ciúmes. A atração tinha um magnetismo nunca discutido. Ela era dele e ele era dela, assim assumiam...Depois das brigas tornavam-se sorvete, disse ele a ela, pois que é poeta...

9 comentários:

Anónimo disse...

Limão? Morango? Pistacchio? Abacaxi? Chocolate? Baunilha? Strawberry Cheesecake? Manga?

Anónimo disse...

Ele, com toda a calma do mundo, começou a retirar-lhe a roupa, com uma atenção quase cirúrgica. em todo o processo, ela não tirava os olhos ou, dos dele, ou das suas mãos, meticulosamente despindo-a sem aparente surpresa, firme e rápidamente. Ela quase juraria que ninguém no mundo poderia sentir-se tão excitada quanto ela estaria.
Finalmente nua, sem o menor brinco, anel, nada, ele deixou que ela se sentasse na borda da cama. Rápido mas não apressado, foi a sua vez de se despir. deixou as suas roupas no encosto de uma cadeira, no assento da qual já a roupa dela se encontrava.
Ele aproximou-se da cama onde ela, já com um pouco frio se mantinha sentada, de garganta seca, seguindo-o, obedientemente, com o olhar. Tomando-lhe as mãos, fê-la levantar-se, devagar. Deixou-a colar o seu corpo ao seu e tranmitiu-lhe o seu calor. Envolveram com os seus braços o corpo um do outro. As mãos dele tomaram as nádegas dela, como que assim mesmo as impedisse de fugir.Depois, com uma das mãso foi subindo as costas dela, até a tomar pela nuca. Foi então que se beijaram. Os gatos, aparentemente desinteressados, passeavam-se entre os pés do par, um deles miando baixinho, como que manifestando uma preplexidade nova.
Terminado o beijo eterno, aparentando falta de emoção ou excitação, deitam-se os dois, lado a lado, repenicando beijos continuamente. As mãos dela começam, finalmente, a ganhar vida, perscutando o peito do parceiro, com suavidade. Os seus seios já estão tomados, os dedos dele sopesando-os, brincando com os seus mamilos, cada vez mais saidos. Ela sente, então, algo que vai batendo, ritmadamente, na base do seu ventre. Sorrindo sem surpresa, desce uma mão e agarra bem agarrado o membro do homem, ainda não totalmente firme. Terá de ser ela - e ela sabe-o! - a completar o processo!
Sem saber se está na altura de o fazer, mas com receio de que um mínimo som, alteração de ritmo ou movimento quebre alguma coisa, hesita, até finalmente começar um movimento de pulso, para cima e para baixo, com o pénis bem seguro entre os seus dedos. O homem, que até a essa altura apenas manuseava - e mamava - os seusos grandes e quentes, encosta-se mais ao corpo feminino, beijando-lhe a testa, lambendo suavemente a orelha. Quando sente que ela está preparada, mesmo tendo-a ele pouco preparado, deita-a de frente e, pesando sobre ela, coloca-se sobre ela.
Esta, como que entendendo o sinal, afastaas pernas e ela mesmo coloca o falo dentro dela, pouco a pouco, sem se querer assim magoar. Quando ambos sentem que a penetração está feita, até ao fundo, param um pouco, retomando um longo beijo.
Pouco a pouco, com o clássico ritmo, o homem vai meneando-se sobre ela, num movimwento lento mas forte. Beijos e troca de olhares sõa continuamente repetidos entre ambos, e a dado momento ele sente o impulso de lhe dizer alguma coia, mas sabe desde já que ela sentirá isso como uma mentira, que isso poderá travar o processo. Assim, em silêncio, entrecortado por alterações dea respiração e alguns gemidos, atingem um estado de plena satisfação, chegando ao climax forte, eléctrico, extasiante. Como sempre, parece como que sendo o primeiro das suas vidas.
Descolam com calma, e sorrindo, conversam, com suavidade, sobre o que fizeram, sobre o que lhes foi bom, enquanto ele, retomando alguns dos fluidos que dela entretanto vão saindo, faz labirinticos desenhos na sua pele, sobretudo no seu amplo seio...
Sabem, os dois, que em breve recomeçarão, e que é apenas um primeiro dia, de outros ainda por chegar...

José Abrantes

m.salles disse...

Meu querido José Abrantes, bem avisou que eu iria corar com o comentário que faria ao meu blog! Sonhas e imaginas como um marquês! Sou pela liberdade de expressão!

Anónimo disse...

Foi tudo sentido, Maria! Até imaginei quem eram os intervenientes. Vou desenvolver um pouco mais o texto, quem sabe se um dia o publicarei...

Unknown disse...

Faço das palavras de José Abrantes, minhas!! Fantástico!

Anónimo disse...

O José Abrantes está a escrever num estilo misto de Harold Robbins/Margarida Rebello Pinto/Jacqueline Susan.
Por acaso pensei que o texto tinha sido escrito por uma menina.
Quando cheguei à assinatura fiquei bastante surpreso.

Anónimo disse...

Nunca li nenhum dos três, Luís! mas não és o primeiro a dizer que tenho qualquer coisa de feminino!
Um abraço!

José Abrantes

m.salles disse...

Eu devo ter algo de masculino, um ânimus, pois tenho um fraco por homens femininos...sem desprezar os masculinos...

Anónimo disse...

Agora foste tu a fazer-me corar, Maria...

J. Abrantes