o andar é nu
juízo do sentido
tantos ventos assobiam
poeira do destino
plexo contra o mundo
no silêncio espreitam os mistérios
o brilho do olhar
acende as estrelas
tácitos segredos
ancorados entre folhas
enseada de papéis
tece a imagem
do jogo de pernas
ciranda de mãos
combustível da alma
o desejo é uma concha
sonhos inerentes
ao movimento de pássaros
despertando o sol
a dormir as sombras
e o pranto se despede da noite
a saudade é a companheira
da viagem
4 comentários:
Acho que já tinha lido este poema...
Obrigada Luis pela memória dedicada aos meus poemas.
Que ninguém pense que este poema foi inspirado em algum outro clássico. Longe de mim a acusação de plágio.
Sei bem que levaste dois anos e meio até chegar a esta redacção final de um poema que marcará por certo a língua portuguesa.
Eu escrevo do silêncio da alma e tenho a impressão que, muitas vezes, você escreve do barulho da cabeça... modulações!
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